terça-feira, 9 de fevereiro de 2010

As palavras, esgotei-as de sentido, alucinada e à beira de um abismo que mal me cega, dou comigo em silencio repleto de uma loucura ainda mais estranha.
Ficam a meio pensamentos, fica talhada razão, como se um tambor ribombasse no meu peito, devorador de orquestras de palavras que me invadiram por dentro. A minha necessidade de escrever é como a amarra que seguro nas mãos. Tremem-me as mãos, treme-me a voz, a minha mente não me conhece, e eu conheço cada veneno que bebo, um atrás do outro, consciente, demente.
Foi tudo, eu acho que foi tudo, há 8 anos, eu estava sentada numa sala qualquer e tentava encontrar em mim, pontos cardeais de referencia, procurava a minha essência, que sabia que tinha, hoje, da minha boca sairam duas palavras apenas, pensadas, temidas, 
Acordei e quis voltar a dormir, pensei e pedi à minha mente que me deixasse estar. E estas palavras que escrevo, saem em silabas, e eu nunca pensei chegar aqui.
Se pintasse uma imagem agora, seria somente de um vulto vulgar, numa madrugada qualquer, num areal deserto de gente, juntando destroços sublimes e pertences poucos, seria um contorno ténue de tudo o que construi e destrui, seria um rasgo de dentro e uma desordem tremenda.
Não me julguei capaz de chegar aqui.



Sem comentários:

Enviar um comentário