quinta-feira, 4 de março de 2010


"É no encerrar-se deste modo, no sentir-se viver essa vida de ideal, de pureza, de renúncia, no contemplar cada vez mais alto e mais brilhante o fogo que nos animou nos anos de aprendizagem, que reside precisamente a felicidade; não se trata de uma realização, mas de uma perpétua virtualidade, não de uma chegada, mas de uma carreira eterna; era parente de Stendhal aquele que escreveu querer antes o problema do que a verdade; ao passo que as almas vulgares têm a felicidade como uma tela pintada e só o representado difere para cada uma, a alma enérgica considera-a uma tela em branco que fosse consciente da sua possibilidade de mil paisagens."

Agostinho da Silva